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<br/> <br/> HERMANN MEYER<br/> Índio Kamaiurá, c. 1895<br/> Xingu, AM<br/> Acervo Inst. Moreira Salles / Leibniz-Institut für Länderkunde<br/> <br/> HERMANN MEYER<br/> Aldeia dos índios Kuikuro, c. 1895<br/> Rio Xingu, AM<br/> Acervo Inst. Moreira Salles / Leibniz-Institut für Länderkunde<br/> <br/> HERMANN MEYER<br/> Expedição ao Rio Xingu, c. 1895<br/> Xingu, AM<br/> Acervo Inst. Moreira Salles / Leibniz-Institut für Länderkunde<br/> <br/> HERMANN MEYER<br/> Expedição ao Rio Xingu, c. 1895<br/> Xingu, AM<br/> Acervo Inst. Moreira Salles / Leibniz-Institut für Länderkunde

Hermann Meyer nasceu na Alemanha em 1871. Sua família era proprietária do Instituto Bibliográfico de Leipzig, do qual ele posteriormente tornou-se sócio-proprietário. Estudou geografia nas universidades de Heidelberg, Strasburgo e Berlim, nesta última trabalhou no museu Königliches Museum für Völkerkunde (Real Museu de Etnologia).

Em 1895 recebeu o título de doutor pela Universidade de Jena, apresentando sua tese Arcos e flechas do Brasil Central. Realizou uma primeira expedição ao interior do Brasil, passando pelos rios Coliseu e Jatobá e chegando até o alto rio Xingu, que durou de 1895 até 1897. Em 1899 voltou ao Brasil para sua segunda expedição, tentando novamente chegar até o rio Xingu. A expedição naufragou no alto rio Januro, perdendo quase todo seu equipamento antes mesmo de alcançar a primeira aldeia indígena.

Suas expedições pelo Alto Xingu conseguiram mapear diversos rios da região, além de registrar cerca de 15 grupos indígenas diferentes. As fotografias atualmente disponíveis de suas viagens ao Brasil Central mostram um jovem índio Kamayurá em pé e de perfil (provavelmente com a intenção de registrar seu tipo físico), uma aldeia Kuikuro com casa indígenas características do Alto Xingu e cenas de bastidores de sua expedição, como sua equipe acampando na floresta e navegando em canoas por um rio.

A experiência do naufrágio no rio Januro fez Meyer abandonar a etnologia, dedicando os últimos anos de sua vida à organização e financiamento de colônias alemãs no sudoeste do Brasil, uma delas curiosamente batizada de “Xingu”. Faleceu em Leipzig em 1932.

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REFERÊNCIAS

– FRANK, Erwin Henrich. “Viajar é preciso: Theodor Koch-Grünberg e a Völkerkunde alemã do século XIX”. Revista de Antropologia, USP, V. 48 Nº 2, São Paulo, 2005.

– LÉVI-STRAUSS, Claude. “The tribes of the Upper Xingu River” in STEWARD, Jules H. (org.). Handbook of South American Indians. Washington: United States Government Print Office, 1948.

– NEUMANN, Rosane Márcia. “Imagens das colônias da empresa Meyer no Rio Grande do Sul, 1906”. Revista Urbana, ano 2, Nº 2. Unicamp: Campinas, 2007.

ACERVO

– Instituto Moreira Salles